Autoridades do Brasil são levadas para bunkers em Israel contra drones do Irã

Grupo de 18 brasileiros, entre eles, prefeitos em missão oficial a convite de Israel, está sob proteção de contra-ataque iraniano. Prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, pede “Fé em Deus”.

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Prefeitos e a vice-governadora do Distrito Federal estão sob proteção em Israel, após contra-ataque do Irã ABEDIN TAHERKENAREH / EPA
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Um grupo de 18 brasileiros, entre eles prefeitos, vice-prefeitos e secretários de segurança, foi levado para bunkers em Israel para proteção contra ataques de drones vindos do Irã, em resposta ao bombardeio sem precedentes realizado na madrugada desta sexta-feira (13/06) pelas forças militares israelenses. O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, e o espaço aéreo do país estão fechados. O Itamaraty está acompanhando a situação e prepara uma saída dos brasileiros do país do Oriente Médio.

O prefeito de João Pessoa, Paraíba, Cícero Lucena, confirmou, em entrevista à rádio CBN, que, no bunker para o qual ele foi levado havia 37 pessoas de várias nacionalidades, incluindo os 18 brasileiros. Também o prefeito de Belo Horizonte, Minas Gerais, Álvaro Damião, teve de buscar proteção. As autoridades estão em missão oficial para conhecer tecnologias israelenses na área de segurança pública.

Em um vídeo nas redes sociais, o prefeito paraibano procurou acalmar os familiares e amigos, informando que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o Ministério das Relações Exteriores estão acompanhando o caso com a prioridade que a situação exige.

"Estamos em um alojamento no campus universitário, onde tem abrigo (bunker), para onde já fomos duas vezes, após o alerta de sirenes. A Embaixada brasileira está em contato e, em breve, assim que for possível, anteciparemos a viagem de volta. Fé em Deus!", disse Cícero Lucena. A previsão de retorno era 19 de junho.

Susto na madrugada

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, que viajou para Israel no domingo (08/06), a convite do país, relatou ter sido acordado por volta de 3h da madrugada, no horário local, por sirenes alertando a população para procurar abrigos contra ataques aéreos.

A retenção das autoridades brasileiras acontece por conta da crise bélica entre Israel e Irã. As forças israelenses mataram, nos bombardeiros, pelo menos quatro líderes do Irã e atingiram instalações nucleares daquele país. O Irã reagiu com o envio de dezenas de drones. A tensão no Oriente Médio escalou.